sábado, 27 de dezembro de 2025

A Vida Invisível de Addie LaRue (The Invisible Life of Addie LaRue), de V.E. Schwab


Minha opinião: A Vida Invisível de Addie LaRue: Uma ideia genial desperdiçada em um drama adolescente.

Esse livro foi uma indicação e eu fui com a mente aberta. Afinal, a premissa de fantasia é muito interessante: uma mulher que, após uma maldição, passa a ser esquecida por todos assim que sai de vista. Ela não pode criar laços, não pode deixar marcas, nada.

Eu gostei muito desse conceito inicial. Tinha tudo para ser um tema filosófico incrível! Imaginem só as reflexões sobre como seria uma vida sem poder se vincular com ninguém, sobre o que define a nossa existência através da memória do outro.

Mas... não foi bem assim.
Sinceramente? A história se arrasta. O livro enrola, enrola e enrola. A protagonista, Addie, é passiva, sem vigor, sem emoção. As situações se tornam extremamente repetitivas. A autora poderia retirar tranquilamente umas cem páginas e a história não perderia nada.

Lá no meio do livro (finalmente!) ela encontra um rapaz que consegue se lembrar dela. Nessa hora eu pensei: "Opa, agora vai! Agora melhora...". Mas foi só ilusão. Tudo volta a se repetir, criando uma expectativa de emoção que nunca chega de verdade.

Acho que o problema principal é que o livro tem uma pegada muito adolescente. Isso me incomodou bastante. No momento de vida e leitura em que estou, prefiro algo mais intenso, forte, visceral. Não tive paciência para algo tão superficial, com personagens pouco estruturados e dramas que não se aprofundam. Uma pena pelo desperdício da ideia.

Sinopse 

França, 1714. Desesperada para escapar de um casamento arranjado e de uma vida comum, a jovem Adeline LaRue faz uma prece aos deuses errados e firma um pacto faustiano com a escuridão. Em troca da liberdade e da imortalidade, ela recebe uma maldição terrível: ser esquecida por todos que conhece. Assim que ela sai de um cômodo, desaparece da memória das pessoas, impedida de deixar qualquer marca no mundo.
Por 300 anos, Addie vaga pela história e pelos continentes, aprendendo a sobreviver nas brechas, tornando-se uma musa anônima para artistas e vivendo uma existência solitária.
Tudo muda em uma livraria de Nova York, em 2014, quando ela encontra Henry, um rapaz que, após um encontro, diz as três palavras que ela não ouvia há séculos: "Eu lembro de você". Agora, Addie precisa descobrir por que a maldição falhou com ele e qual é o verdadeiro custo de ser lembrada.

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