Minha opinião: Esse final de semana eu acabei ficando doente e acabei de “molho” e aproveitei para ler um pouquinho, e decidi por ler esse livro que ganhei de um colega da faculdade de aniversário, acho que há alguns anos... Mas como sempre eu deixo na estante e só retiro muito tempo depois. E acho que esse livro veio a calhar nesse momento da minha vida... Bem eu gostei, achei muito bonito e gostoso de se ler, e pode reler novamente.
Trecho do livro:
Canção do suicida
De repente, não sei como
Me atirei no contracéu.
À Tona dágua ficou
Ficou dançando o chapéu.
E entre cascos afundados,
Entre anêmonas azuis,
Minha boca foi beber
Na taça do Rei de Tule.
Só minh’alma aqui ficou
Debruçada na amurada,
Olhando os barcos... os barcos!...
Que vão fugindo do cais.
Resumo: Seu segundo livro de poemas, Canções, é lançado em 1946 pela mesma editora, com ilustrações de Noêmia. O salto decisivo que Quintana empreende nesse livro, em termos formais, consiste na utilização do verso livre e na ampla gama de poemas escritos em verso branco, ou seja, com métrica mas sem rima. Boa parte desse influxo advém da poesia modernista, com a qual Quintana, em certo sentido, afina sua escrita. Outra mudança que se observa nesse livro é de ordem temática: a inspiração popular. Como assinala Gilda Neves Bittencourt no prefácio de Canções, diferentemente de A rua dos cataventos, o poeta deixa-se levar "mais ao sabor do próprio poema, permitindo que ele o conduza pelos caminhos da sonoridade e da dança, explorando inclusive o espaço gráfico e desligando-se do conteúdo significativo em favor do elemento sonoro dos versos".
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