domingo, 7 de setembro de 2025

Não me abandone jamais, de Kazuo Ishiguro


Minha opinião: Comecei a ler este livro porque me disseram que era uma boa obra de ficção científica. Confesso que, no início, a leitura foi sonolenta. Cada vez que abria o livro, me dava vontade de fechar os olhos. Já tinha uma ideia prévia da história, e fiquei pensando: talvez, se eu não soubesse exatamente do que se tratava, a experiência teria sido mais intensa. Não tenho certeza.

A narrativa é lenta, monótona até, mas percebo que isso é parte da crítica. É um livro que parece comum, normal, quase banal, mas esconde algo perturbador — e é justamente aí que está sua força. O tom melancólico e nostálgico vai crescendo, e quando percebi já estava pensando no tema até nos meus sonhos.

O que mais me deixou reflexiva foi a questão ética que o livro levanta: quem pode viver, de que jeito, quem tem direito a uma vida plena? Só reconhecemos direitos em quem acreditamos ter uma “alma”? Essa pergunta ficou martelando em mim.

Não sei se gostei do livro. É triste, porque não há esperança nem perspectiva para os personagens. É como se estivessem destinados desde sempre, sem chance de fuga. Talvez, se você ler sem saber exatamente sobre o que é, a experiência seja ainda mais impactante. Se fizer isso, depois me conte

Sinopse

Em Não me abandone jamais, Kazuo Ishiguro apresenta uma narrativa delicada e inquietante sobre Kathy, Tommy e Ruth, jovens que cresceram em Hailsham, um colégio interno aparentemente comum. Entre lembranças e relações afetivas complexas, vamos descobrindo pouco a pouco que esses alunos carregam um destino sombrio: são clones, criados para doar seus órgãos. De forma silenciosa e melancólica, o livro expõe questões profundas sobre amor, memória, dignidade e sobre o que significa, afinal, ser humano.


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