sexta-feira, 5 de setembro de 2025

O Peso do Pássaro Morto - Aline Bei


Minha opinião: Foi numa tarde tranquila, no Sesc Jundiaí, esperando o horário de almoço, que eu me vi acolhida por um livro e um espaço único. A biblioteca tem cápsulas individuais, móveis que te envolvem, te deixam à vontade para ler, descansar, respirar. Era como se aquele momento fosse só meu, e nesse cenário íntimo, me deparei com O Peso do Pássaro Morto, de Aline Bei. Em 25 minutos, li o livro inteiro, mas posso garantir: não foi uma leitura rápida, foi uma experiência intensa, como um mergulho profundo.

A escrita de Aline Bei é uma poesia entrelaçada em cada página, cada verso. Pequenas palavras que se tornam grandes sentimentos. Não lembro o nome da menina da história, mas lembro do peso que ela carregava. Da leveza de ser criança e da densidade de crescer em meio a tantas dores e complexidades.

A dor da personagem é a dor de muitas, é a que habita em quem vive o mundo com a alma sensível e as lembranças pesadas. O que mais me tocou foi a forma como a autora consegue transformar sofrimento em beleza. O livro é triste, sim, mas ao mesmo tempo tão bonito que me fez chorar, como se fosse uma música que a gente escuta e não consegue explicar o porquê de chorar, mas chora mesmo assim.

Eu li o livro rapidamente, mas a sensação ficou. O Peso do Pássaro Morto é mais do que um livro, é um pedaço da vida, daqueles pedaços que a gente carrega e não sabe como deixar para trás.

Sinopse

Aline Bei nos apresenta uma narrativa em forma de poema, que conta a história de uma menina e os pesos que ela carrega ao longo de sua vida. Entre a dor e a beleza, o livro mergulha na complexidade da infância e na busca por sentido em um mundo onde o silêncio é mais pesado do que as palavras. É uma leitura que emociona, que toca, que não pode ser esquecida facilmente.

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