segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Quando as Árvores Morrem de Tatiana Lazzarotto

"Quando as Árvores Morrem", de Tatiana Lazzarotto, é um livro curto, mas profundamente sensível. A narrativa acompanha o processo de luto da protagonista, que retorna à sua cidade natal após a morte repentina do pai. O enredo se constrói em torno da casa da infância e da árvore do quintal, que funcionam como símbolos de memória, raízes e pertencimento.

O que mais me tocou foi a delicadeza com que o livro traduz o luto em palavras. Não é uma história de acontecimentos grandiosos, mas um mergulho nas pequenas etapas e sentimentos que acompanham a perda: as lembranças que retornam, os rituais que se fazem necessários, a estranheza de ocupar espaços que já não parecem os mesmos.

Se eu estivesse vivendo um luto, acredito que essa leitura seria um abrigo — um lugar para se reconhecer, para entender que a dor se faz de camadas e que a memória também tem sua forma de cura. A escrita é simples e poética, sem excessos, e justamente por isso consegue tocar de maneira direta.

É um livro bonito, íntimo e humano. Curto na extensão, mas intenso naquilo que desperta

Sinopse: Após a morte repentina do pai, a protagonista retorna à sua cidade natal, Província, para cumprir os desejos deixados por ele: restaurar a casa da família e impedir que a antiga árvore do quintal seja derrubada. Entre lembranças da infância, silêncios e a presença marcante da árvore, ela atravessa o processo de luto em um percurso de reconhecimento, memória e pertencimento.
Com linguagem poética e intimista, Tatiana Lazzarotto constrói uma narrativa delicada sobre perdas, raízes e o que permanece vivo dentro de nós quando alguém querido se vai.

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