“— Você paga a conta — ordenou Grahame. — Aí eu vou acompanhar você e a mocinha até o carro. De lá, vamos pra minha casa, pra conversarmos direito. Se fizerem uma gracinha, eu atiro nos dois. Capiche?
Fat Charlie "capichou" direitinho. Ele também "capichou" quem dirigia a Mercedes na outra tarde, e como escapara por pouco de morrer. Fat Charlie começava a "capichar" o quanto Grahame Coats era maluco e a chance mínima que Daisy e ele tinham de sair dessa vivos.”
Minha opinião: Tá certo, em primeiro lugar, sim, eu demorei muito para ler esse livro, por vários motivos e circunstancias da vida cotidiana que me impediram de ler antes, entre elas estava: 1) Voltar ao trabalho; 2) Terminar um artigo cientifico; 3) Bem... não tem terceira coisa. De qualquer maneira, acho que é melhor voltar ao livro, eu simplesmente achei o livro muito legal, divertido, engraçado, interessante, empolgante... e outras coisas que não vou citar aqui por que vai ficar demasiadamente desinteressante, pois bem, o fato é eu adorei o autor desde quando li Coraline, que foi muito bom, e essa história também é muito boa, adorei principalmente as suas descrições – que são ótimas – porque com elas eu consigo imaginar exatamente o que ele estava tentando mostrar, além do modo de escrita tão envolvente – Pelo menos eu achei. Agora vamos para a história, bem... Ela fala sobre Fat Charlie, um cara... bem... Pra lá de sem graça e desajeitado e tal, mas um dia seu pai – que ele detestava - morre e Fat Charlie descobre que seu pai era um Deus e que de quebra lhe deixou um irmão que herdou toda a parte “Endeusado” da família. Certo. Até ai tudo Certo. Mas então ele chama o irmão e ai a vida de Fat Charlie vira uma loucura completa, o irmão dele Spider é um cara meio “piradinho” e muito cara de pau, e de certa forma charmoso também, confesso. O livro é muito bom e quero muito ler outro livro desse autor e até já consegui, e estou animada.
“FAT CHARLIE SÓ TINHA SIDO GORDO DURANTE ALGUNS POUCOS anos, desde pouco antes de completar 10 anos de idade - quando sua mãe anunciou ao mundo que, se havia uma coisa que ela não agüentava mais (e, se o cavalheiro em questão tivesse alguma objeção, poderia enfiá-la você sabe muito bem onde), era o seu casamento com aquele bode velho com o qual tinha cometido o infeliz erro de se casar, e o qual ela abandonaria na manhã seguinte para ir a algum lugar muito, muito distante, e era melhor ele não segui-la — até seus 14 anos, quando cresceu um pouco e começou a fazer mais exercícios físicos. Ele não era gordo. Para falar a verdade, não era nem mesmo gordinho. Apenas tinha aquela aparência de quem tem a barriga meio mole. Mas o nome Fat Charlie grudou nele como chiclete na sola do sapato. Ele se apresentava como Charles ou, na época em que tinha 20 e poucos anos, como Chaz ou, quando escrevia, como C. Nancy, mas não adiantava: o nome infiltrava-se insidiosamente nas novas fases de sua vida como as baratas invadem as reentrâncias atrás da geladeira numa nova cozinha. Gostasse ou não - e ele não gostava -, voltava a ser Fat Charlie.”
Resumo: A Conrad lança Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.
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