terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Mulher do Viajante do Tempo - Audrey Niffenegger

Minha opinião: Esperem um pouco, me deixem secar minhas lágrimas primeiro...

Pronto.

Ah, que livro mais lindo! Na verdade hoje eu vou falar tanto do livro como do filme, por que contrariando o meu costume, eu assisti primeiro ao filme. E isso me deixou marcas irreparáveis – afinal eu adorei o filme – e quando lia ao livro eu ficava me lembrando das cenas e dos personagens. Na verdade, o livro tem muitas passagens lindas e mais detalhadas do que o filme, como a relação do Henry com a Clare e mesmo da vida dos dois quando não se conheciam e de como o tempo se apresenta de uma maneira não cronológica mais com uma lógica surpreendente – a autora arrasou.
Eu gostei de vários momentos, mas acho que os mais marcantes são os encontros da Clare jovem com o Henry já adulto e quando Clare tenta engravidar, nossa, é tão emocionante.

Outro motivo para eu ler esse livro foi que eu li – não me lembro onde – que o casal Brad Pitt e Jennifer Aniston compraram os direitos para produzirem um filme antes mesmo de o livro ser lançado, imaginem isso? Deve ser fantástico saber que seu livro vai virar um filme antes mesmo de ser publicado... Só que o casal se separou e quem ficou com os direitos foi o Brad Pitt. Que em minha opinião fez um bom trabalho, por que eu chorei tanto no filme como no livro.

Também gostei muito da alternância que ocorre na história, ou seja, tem horas que acompanhamos o ponto de vista de Henry e já em outros momentos temos o da Clare, o que me fez me aproximar muito dos personagens! Eu me agarrei a cada momento e detalhe e se eu pudesse não largava mais o livro, não mesmo.
Um dos melhores livros românticos que li.


“Clare – Ela sorri com inocência. – O que exatamente decidimos na última vez que você me viu? O que a gente planejou fazer para o seu aniversário?
Ela volta a ficar vermelha.
– Isso, né? – diz ela, com um gesto indicando nosso piquenique.
– Alguma outra coisa? Não que isso não esteja maravilhoso.
– Bem. Sim. – Sou todo ouvidos, porque acho que sei o que vem pela frente.
– Sim?
Clare está bem vermelha, mas consegue manter a dignidade ao dizer:
– Decidimos fazer amor.
– Ah. – Na verdade, sempre me perguntei sobre as experiências sexuais de Clare antes de 26 de outubro de 1991, quando nos conhecemos no presente. Apesar das provocações bastante impressionantes da parte de Clare, sempre me recusei a fazer amor com ela. Passei muitas horas divertidas conversando sobre isso e aquilo enquanto tentava ignorar dolorosas ereções. Mas hoje Clare ficou legalmente adulta (ainda que não emocionalmente), e com certeza não posso perverter demais a sua vida... quer dizer, já dei a ela uma infância bem esquisita pelo simples fato de ter feito parte dela. Quantas garotas têm o próprio futuro marido aparecendo a intervalos regulares nu em pelo na sua frente? Clare me vê ponderando a situação. Estou pensando na primeira vez em que fiz amor com Clare e me perguntando se foi a primeira vez que ela fez amor comigo. Decido perguntar isso para ela quando voltar para meu presente. Enquanto isso, Clare está guardando as coisas na cesta de piquenique.
– Então?
Ora bolas.
– Sim.
Clare fica empolgada e também assustada.
– Henry, você fez amor comigo um monte de vezes...
– Muitas e muitas vezes.
Ela tem dificuldade de dizer isso.
– É sempre lindo – digo a ela. – É a coisa mais linda da minha vida. Serei muito delicado. – Tendo dito isso, de repente, fico nervoso. Sinto a responsabilidade, me sinto meio Humbert Humbertish e também como se eu estivesse sendo observado por muita gente, e todas essas pessoas fossem Clare. Nunca senti menos tesão na vida. Tudo bem. Respirar fundo. – Amo você”

Acho que o que mais se diferenciou nos dois, foi o final. Ambos são diferentes e agora eu estou me perguntando qual dos dois eu gostei mais, acho que ambos. Cada um ao seu modo é lindo... Mas a parte final do filme quase me matou de tanto chorar...

Resumo: O livro narra a história do casal Henry e Clare. Quando os dois se conhecem Henry tem 28 anos e Clare, vinte. Ele é um moderno bibliotecário; ela, uma linda estudante de arte. Os dois se apaixonam, se casam e passam a perseguir os objetivos comuns à maioria dos casais: filhos, bons amigos, um trabalho gratificante. Mas o seu casamento nunca poderá ser normal. Henry sofre de um distúrbio genético raro. De tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás, e ele se vê viajando no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação. A superação das dificuldades encontradas no relacionamento, a ausência e a saudade são tratadas com muita sensibilidade, inteligência e bom humor pela autora. O livro mostra que o verdadeiro amor é capaz de transpor todas as barreiras – inclusive a mais implacável de todas: o tempo.

Sobre a autora: Audrey Niffenegger é artista plástica e leciona criação literária, impressão tipográfica e produção editorial de luxo em uma universidade de Chicago.Em sua estréia literária, a americana Audrey Niffenegger conseguiu um feito pouco comum para escritores iniciantes no gênero da ficção. Sucesso de vendas nos EUA, seu livro foi apontado pela crítica especializada como uma releitura inovadora e inteligente do romance de amor, e teve seus direitos cinematográficos comprados pelo casal de atores de Hollywood Jennifer Anniston e Brad Pitt.

Filme desse livro:
Diretor: Robert Schwentke

Elenco: Michelle Nolden, Eric Bana, Alex Ferris, Rachel McAdams, Carly Street, Jane McLean, Arliss Howard, Katherine Trowell, Bart Bedford,
Produção: Dede Gardner, Nick Wechsler
Roteiro: Bruce Joel Rubin, baseado na obra de Audrey Niffe
Fotografia: Florian Ballhaus
Trilha Sonora: Mychael Danna
Duração: 107 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Industry Entertainment / New Line Cinema / Plan B Entertainment
Classificação: 12 anos
Sinopse: Henry DeTamble (Eric Bana) sofre de uma rara modificação genética, que o faz viajar pelo tempo involuntariamente. Numa de suas viagens, ele conhece a pequena Clare (Rachel McAdams), que se apaixona por ele imediatamente. Ano após ano, ela espera sempre no mesmo lugar que este estranho viajante retorne. Até que os dois, finalmente, se encontram e a paixão começa. Porém, o curso da vida de Clare é normal e, quando ela menos espera, seu grande amor desaparece, sem data para retornar. Como poderia um romance suportar a estas idas e vindas?



 

6 comentários:

Anônimo disse...

Li!!! Amei esse livro demais, chorei. Gostei da resenha.
Bjs

Andressa Lapaz disse...

Oi Paula!Ai ai,nem me fale em livros assim que já começo á chorar hahaha.
Já vi essa capa,desse livro antes,e me chamou muita atenção.
Amo interpretar as capas.
Adorei a sua resenha,super verdadeira e emotiva,a mesma de antes rsrs.
Parabéns

Beijocas

Por Trás das Letras disse...

Não sou muito fã de romances... Acho que vou chorar muito e ficar deprê depois do livro! rss
Por isso nunca li nenhum do Nicholas Sparks...
Mas convesso que esse eu tenho MUITA vontade de ler!
Quem sabe um dia...
Beijos Paula

Glaucea Vaccari disse...

Eu quero muito ler esse livro.
O filme eu achei lindo tbm, e foi isso que meu vontade de ler o livro.
Não sabia que o final era diferente o.O
Bjo

Tartaruga disse...

Esse também está na lista de livros que quero ler.
Espero conseguir ele ainda este ano...

Luana Rodrigues Farias disse...

Mairia das pessoas que falaram desse livro disseram que choraram, bah será que eu choro tbm?

Bjs