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OBS: Quero lembrar que nesse projeto muitas vezes a sugestão ou opinião que damos pode ser aceita ou não, ou pode ser alterada parcialmente e isso que é o mais importante nese projeto, já que é algo grupal. No entanto se você se sentiu ofendido (a) ou incomodado(a) com alguma coisa pode me mandar um email (paulatictic@hotmail.com) que discutiremos a situação.
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E aqui está a continuação:
Léo tentou fechar os olhos, mas estava muito desperto e sabia que mesmo que tentasse não iria dormir àquela hora. Por isso, pulou da cama e ligou o computador, ele precisava procurar algo sobre o minuto final que a Júlia tinha falado para ele.
Assim que o computador o ligou abriu a página do Google e buscou informações sobre construções grandes nas noticias recentes dos últimos três meses, no entanto, ele não encontrou nada referente a obras no local onde mora.
Ele fechou os olhos e passou as mãos pelos cabelos, esticou a mão e pegou os seus óculos que ficaram em cima da mesa de cabeceira e os colocou, voltou os olhos para a tela do computador e ficou durante um bom tempo digitando diferentes termos, tentando achar alguma informação. Depois de várias tentativas e de não conseguir achar nada, Léo pensou em desistir, e ficou olhando para a caixa de texto do Google e depois de alguns segundos, lembrou que a Júlia tinha falado sobre a placa do carro e digitou sobre como achar o carro e conseqüentemente o dono do carro.
Ele descobriu que teria que entrar em contato com um despachante que acharia o dono do carro, só que isso levaria em média três dias... Pensou que se pedisse, ou melhor, implorasse ao despachante poderia conseguir um pouco antes, na verdade, não sabia, mas quis acreditar que poderia tentar principalmente por que não sabia quando iria ocorrer esse espancamento.
Olhou no relógio e viu que havia passado cerca de duas horas desde que sentou no computador e coçou os olhos e decidiu dormir, afinal, sabia que não acharia mais nada. Por isso decidiu, descansar e tentar encontrar as informações no dia seguinte.
SONHO
Às seis horas da manhã o despertador de Léo tocou. Ele o desligou sonolento, virou para o lado e voltou a dormir. Às seis e meia sua mãe apareceu no seu quarto.
-Leopoldo Gomes! Levante dessa cama nesse exato minuto!
-Mãe, eu não estou me sentindo muito bem.
-O que você está sentindo?
-Sono.
-Você vai para a escola hoje e ponto final. Pode levantar!
-Está bem.
Ele levantou sonolento, tomou banho gelado em uma tentativa frustrada de acordar, comeu alguma coisa e foi para a escola. No intervalo o seu celular tocou:
-Alô?
-Léo, você está na escola? Eu estou te atrapalhando?
-Eu estou no intervalo, pode falar.
-Você tinha razão, o minuto final foi muito horrível.
-Eu avisei que seria. Aliás, eu queria te contar uma coisa que eu descobri sobre a placa do carro e...
-Depois! –Ela o cortou bruscamente. –Espere só um pouco. –Sua voz soou fraca.
Após um minuto e meio ela falou com a voz mais firme:
-Um incêndio. Uma mulher está presa dentro de um mercado e não consegue sair.
-Aonde?
-Eu não sei. O mercado se chama... Eu vi a placa, mas não consigo lembrar... era alguma coisa com rei... Castelo... Havia um desenho de um castelo...
-O rei dos preços?
-Acho que era isso. Esse mesmo! Você sabe aonde é?
-Claro! Fica na esquina do quarteirão da minha casa! Quando ele vai pegar fogo? –Perguntou preocupado.
-Aguarde na linha.
Júlia falou com outra pessoa, mas Léo não conseguiu entender o que ela dizia. Após alguns minutos de apreensão, Júlia respondeu:
-Léo, a minha amiga do corpo de bombeiros acabou de me contar que eles acabaram de receber uma ligação sobre um incêndio em um mercado no seu bairro.
-Droga! Eu estou indo para lá agora.
-Mas e a sua escola?
-Dane-se a minha escola! E se for a minha mãe ou a minha irmã que ficarem presas lá?
-Você precisa se manter calmo, Léo. E não pensar no pior.
-Eu te ligo depois Júlia. –Ele desligou o telefone antes de ouvir a resposta dela.
Correu até a sua sala, jogou o seu material dentro da mochila, aproveitou que era o intervalo e foi até a garagem dos professores. Olhou em volta e depois de se certificar que não havia ninguém por perto, escalou uma das árvores, passou para o muro e pulou para a rua. Correu até encontrar o primeiro ponto de táxi, entrou em um deles, deu o endereço da sua rua para o taxista e pediu para que ele corresse pois era questão de vida ou morte.
Chegou em casa mais rápido do que imaginava, pagou o táxi, correu até o mercado e notou que os bombeiros ainda não havia chego. As pessoas estavam reunidas em volta, jogando baldes de água que os vizinhos ofereciam para tentar apagar o fogo, outros jogavam água de mangueira, e ainda um homem estava com um extintor. Mas o fogo estava muito forte e já tinha tomado conta de quase toda a loja.
Léo olhou atento para ver se havia alguém lá dentro mas não conseguiu ver nada. Então, resolveu gritar:
-Tem alguém aí dentro? Tem alguém dentro do mercado?
-Socorro! –Alguém gritou.
Léo ficou aliviado por não reconhecer a voz, mas continuou preocupado em salvar quem quer que fosse que estivesse ali dentro.
Rasgou um pedaço da camiseta, molhou com a água da mangueira, tampou a boca e o nariz com o pano e entrou correndo pela porta que ainda não pegava fogo. A umidade fazia os seus óculos embaçarem, atrapalhando-o. Encontrou a mulher na área dos congelados. Conseguiu chegar até ela sem muitas dificuldades.
-Você está bem? –Ele perguntou.
A mulher não respondeu, estava em choque. Ele deu um tapa no rosto dela e ela o olhou desnorteada.
-Você está bem? –Ele repetiu a pergunta.
-Sim.
Ele repartiu o pano no meio e entregou uma das metades para ela.
-Ponha o pano na boca para você não inalar tanta fumaça.
Ela o obedeceu. Ele segurou na mão dela e tentou voltar pelo mesmo caminho mas algumas estantes estavam caídas, bloqueando o caminho. Ele tentou voltar para a área dos congelados, mas uma parte da fiação do teto caiu e estava soltando faíscas. Eles ficaram presos no meio das chamas que ardiam sem parar. Eles se deitaram no chão por ter uma menor concentração de fumaça. A mulher chorava de medo, Léo também estava com medo, mas não parava de fazer o cérebro procurar por uma saída, aquilo não poderia estar acontecendo com ele. Ele era muito novo para morrer!
O suor escorria pelo seu corpo, o calor insuportável atrapalhava sua mente, de repente tudo à sua volta entrou em câmera lenta. As labaredas dançando, o som das coisas queimando, seus óculos embaçados, os gritos apavorados que vinham da rua, as lágrimas da mulher ao seu lado e sua reza baixa, o chiado das faíscas, a dor das queimaduras na sua pele, a exaustão. Era assim que a Júlia deveria ver as mortes das pessoas. Era demorado, triste, parecia que o mundo estava pintado de cinza.
Finalmente suas pálpebras se fecharam, causada pela inalação de gases em excesso.
REALIDADE
Às seis horas da manhã o despertador de Léo tocou. Ele o desligou sonolento, virou para o lado e voltou a dormir. Às seis e meia sua mãe apareceu no seu quarto.
-Leopoldo Gomes! Levante dessa cama nesse exato minuto!
-Mãe, eu não estou me sentindo muito bem.
-O que você está sentindo?
-Sono.
-Você vai para a escola hoje e ponto final. Pode levantar!
-Está bem.
Ele levantou sonolento, tomou banho gelado em uma tentativa frustrada de acordar, comeu alguma coisa e foi para a escola. No intervalo o seu celular tocou:
-Alô?
-Léo, você está na escola? Eu estou te atrapalhando?
-Eu estou no intervalo, pode falar.
-Você tinha razão, o minuto final foi muito horrível.
-Eu avisei que seria. Aliás, eu queria te contar uma coisa que eu descobri sobre a placa do carro e...
-Depois! –Ela o cortou bruscamente. –Espere só um pouco. –Sua voz soou fraca.
Após um minuto e meio ela falou com a voz mais firme:
-Um incêndio. Uma mulher está presa dentro de um mercado e não consegue sair.
Léo ficou um pouco tonto na hora ao se lembrar do sonho.
-Droga.
-O que foi, Léo?
-O incêndio é em um mercado chamado O rei dos preços, fica na esquina da minha casa e já está acontecendo.
-Você pode ir até lá? Pode sair da escola?
-Posso, mas...
-Mas o quê?
-Eu morri no meu sonho, Júlia. Eu não consegui sair do mercado. –Ele falou sem emoção.
-Então não vá, Léo.
-Eu preciso ir! Se eu não for, aquela mulher morrerá lá dentro. –Falou inseguro.
-Mas a vida dela também custará a sua. Não vá! Cuide de você, por favor. Isso não é um dos seus sonhos, essa é a sua vida, Léo!
Ele pensou por alguns instantes, respirou fundo e disse:
-Sim, eu tomarei cuidado, Júlia.
-Isso significa que você vai ficar na escola?
-Não, só significa que serei mais cuidadoso.
-Léo! –Ela esbravejou.
Ele desligou o celular com a consciência pesada. Correu até a sua sala, jogou o seu material dentro da mochila, aproveitou que era o intervalo e foi até a garagem dos professores. Olhou em volta e depois de se certificar que não havia ninguém por perto, escalou uma das árvores, passou para o muro e pulou para a rua. Correu até encontrar o primeiro ponto de táxi, entrou em um deles, deu o endereço da sua rua para o taxista e pediu para que ele corresse pois era questão de vida ou morte.
Chegou em casa mais rápido do que imaginava, pagou o táxi, correu até o mercado e notou que os bombeiros ainda não havia chego. As pessoas estavam reunidas em volta, jogando baldes de água que os vizinhos ofereciam para tentar apagar o fogo, outros jogavam água de mangueira, e ainda um homem estava com um extintor. Mas o fogo estava muito forte e já tinha tomado conta de quase toda a loja.
Rasgou um pedaço da camiseta, molhou com a água da mangueira, tampou a boca e o nariz com o pano e entrou correndo pela porta que ainda não pegava fogo. A umidade fazia os seus óculos embaçarem, atrapalhando-o. Encontrou a mulher na área dos congelados. Conseguiu chegar até ela sem muitas dificuldades.
-Você está bem? –Ele perguntou.
A mulher não respondeu, estava em choque. Ele deu um tapa no rosto dela e ela o olhou desnorteada.
-Você está bem? –Ele repetiu a pergunta.
-Sim.
Ele repartiu o pano no meio e entregou uma das metades para ela.
-Ponha o pano na boca para você não inalar tanta fumaça.
Ela o obedeceu. Ele segurou na mão dela e foi por um caminho diferente do que havia vindo. Rastejaram por baixo de uma estante caída, pularam com dificuldade um balcão e chegaram na porta do escritório. O incêndio ainda não havia chego ali dentro, entraram e fecharam a porta. Não havia janelas no cômodo, encostaram-se na parede longe da porta e deitaram no chão para não se intoxicarem com a fumaça. A mulher chorava e tremia de medo. Léo também estava com medo, eles estavam em uma armadilha, quando o fogo os alcançasse não haveria escapatória. Seu celular tocou.
-Alô?
-Léo? Onde você está?
-Oi, Júlia. Eu...
-Pede ajuda, por favor, eu quero viver! –A mulher falou perto do celular.
-Você está preso no incêndio? –Ela perguntou alarmada.
-Sim, eu estou dentro do escritório. –Ele tossiu.
Ele a escutou falando com alguém do outro lado da linha e depois voltou a falar com ele:
-Vá para perto da porta.
-Por quê? Lá está pegando fogo.
-Me obedeça, droga!
Ele levantou e ajudou a mulher a ir até a porta.
-E agora?
-Cubra o rosto.
-O quê? Por quê?
-Cubra!
-Está bem.
Os dois cobriram o rosto com o braço.
De repente, ouviram um barulho alto e a parede explodiu para cima deles. Léo e a mulher tossiram e olharam para o carro que havia destruído a parede do escritório. Era a Júlia na direção de um jeep.
Bombeiros entraram e ajudaram os dois a sair enquanto outro bombeiro verificava se a Júlia estava bem. A mulher e o Léo foram atendidos em uma ambulância. A mulher estava em estado de choque, com queimaduras superficiais e sofreu um pouco da inalação de gases tóxicos provenientes da fumaça do incêndio. Léo tinha uma queimadura feia no braço e também sofreu com a inalação dos gases. Júlia estava bem.
O fogo foi apagado pelos bombeiros depois de algum tempo, Léo e Júlia foram aplaudidos como heróis pela população que estava assistindo a luta contra o fogo. A mulher agradeceu muito o Léo e a Júlia, e os três foram para o hospital em uma ambulância. Apenas Júlia que não precisava ficar em observação, ela estava apenas acompanhando o Léo.
Léo ficou em uma cama na enfermaria e seus pais foram chamados. Enfim sozinho com a Júlia agradeceu:
-Obrigado, Júlia. Eu não sei o que poderia acontecer se você não tivesse derrubado aquela parede. E deve ter danificado o seu carro.
-Tudo bem, eu compro outro depois. Mas vidas não podem ser compradas.
-Você ia aparecer lá de qualquer jeito ou...?
-Eu vi a sua morte, Léo. Eu não poderia deixar acontecer.
-Por que outras vidas não seriam mais salvas?
-É claro que não! Eu não poderia deixar você morrer porque era você. Sei que as coisas andam complicadas, mas somos amigos, não somos? –Ela sentou na beirada da cama e segurou a mão dele.
-Somos sim. –Ele sorriu.
-Os seus pais foram chamados, eles chegarão logo.
-Eu preciso te contar uma coisa que eu descobri sobre o espancamento.
-O quê?
-Se você for a um despachante com a placa do carro, ele te dará o número do RENAVAN e com o número você pode ir ao DETRAN que em três dias recebe as informações do dono do carro. Inclusive o endereço e o nome.
-Essa é uma ótima notícia, por mais que esperar três dias não seja tão bom assim. Mas acho que posso dar um jeito.
Os pais dele entraram esbaforidos no quarto.
-Léo, meu filho! –A mãe dele disse quase chorando e abraçou o Léo.
O pai dele deu a volta na cama e ficou perto da Júlia.
-Você nos deu um baita susto, rapaz.
-Desculpe, pai.
A Júlia se levantou.
-Eu já vou indo, Léo. Mas hoje você foi um verdadeiro herói. –Ela disse sorrindo e depois saiu do quarto.
-Quem é ela, Léo?
-Aquela é a Júlia, ela me salvou hoje, ela é a heroína e não eu.
5 comentários:
to adorando, foi mal nao poder dar mais ideias, tava em semana de provas, aqui vai um trecho:
" O médico disse que Léo deveria passar a noite no hospital, para garantir que tudo estava bem. Um curativo foi feito em sua queimadura e ele foi encaminhado a um quarto.
Seu pai voltou ao trabalho, mas sua mãe decidiu ficar. Kelly chegou no meio da tarde, um pouco mais preocupada que a mãe do rapaz. Depois de um cansativo interrogatório envolvendo o doutor, ela se convenceu de que o namorado estava bem, e insistiu em ficar com Léo aquela noite para que seus pais desncansassem.
-Tem certeza, Kelly?-perguntou a mãe- Você também precisa dormir.
-Pode deixar, dona Gomes, eu cuido bem do Léo.
-Não se preocupe, mãe-emendou Léo.
-Hum... Está bem. Comportem-se, crianças.
Algumas horas depois, Kelly dormia a sono solto na poltrona do quarto. Exausto, Léo também se permitiu fechar os olhos."
Legal Mateus!
Bem, eu pensei em mais algumas coisas.
O Léo podia perder o dom da visão do sonho, pq nesse dia ele poderia ter um pesadelo de quando quase morreu agora e acordaria e pensaria "é a primeira vez que tenho um sonho ou um pesadelo" mas acordaria pensando que estaria no sonho, mas na verdade ele está na realidade, e nesse dia ele agiria como se fosse no sonho, só que no outro dia ele acordaria e perceberia que era realidade de novo, e que não tinha mais o dom, aí ele conversa com a Júlia sobre isso, e aí ela acha que é melhor ele não se envolver mais, pq é melhor ele levar uma vida normal, aí mostra ele pensando que todo esse tempo ele queria ter uma vida normal sem sonhos, mas agora que ele estava fazendo algo que achava ser certo e usava o dom, ele perde, e começa a rir de si mesmo, com angustia e então ele resolve que mesmo sem o sonho, ele vai tentar achar e impedir o espancamento.
Gostei do trecho do Mateus, e gostei da idéia do Fernando!
E quanto ao número da placa do carro? A Júlia que vai atrás dessa informação ou o Léo? E o que acontece nesse dia que o Léo acha que está sonhando mas na verdade é a realidade?
A história está ficando ótima!
Pensei que,
O léo podia sair do hospital e ir tentar buscar pistas - pensando que é o sonho - então sai do hosp. sem receber alta, e tenta desvendar os misterios antes e isso deixa os pais dele preocupado e antes dele dormir ele pensa "seja como for, isso é o sonho mesmo, nada vai aocntecer amanhã qdo for de verdade" e aí no dia seguinte vai ser real, ambos vão ser reais.
Os pais dele ficam preocupados e não querem que ele saia, pq já aconteceu esse acidente, mas mesmo assim ele vai atras da julia e aí acontece o que eu falei antes... o que acham? E é a Júlia que vai atras da placa e o Léo atras das outras coisas.
Oie - tomei o lugar do meu irmão aqui no pc - para dizer que acabou a semana e que assim fica aberto para quem quiser fazer a narrativa da continuação e mande para paulatictic@hotmail.com
Beijos
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