sábado, 22 de novembro de 2025
Laços - Domenico Starnone
A Revolução dos Bichos - George Orwell
Pequena Coreografia do Adeus, de Aline Bei
Se não fosse você por Colleen Hoover
Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice), de Jane Austen
Chão de terra batida, de Carolina de Moura
Flores Partidas (Pretty Girls), de Karin Slaughter
A natureza da mordida - Carla Madeira
A Natureza da Mordida: O livro da memória que eu... esqueci
Depois de devorar "Tudo é Rio" e ficar impactada com "Véspera", eu precisava fechar a trindade da Carla Madeira com "A Natureza da Mordida". Fui com muita expectativa, afinal, a protagonista Biá é uma psicanalista (como eu!) e o livro é cheio de trechos existenciais e reflexões profundas. Tinha tudo para ser o meu favorito.
Mas, preciso ser sincera: dos três livros dela que li, esse foi o que menos me pegou.
A história cruza os caminhos de Biá, uma psicanalista idosa perdendo a memória, e Olívia, uma jovem jornalista sofrendo por um abandono. Elas conversam, trocam angústias e tentam se entender. Tem cenas enigmáticas, um certo suspense sobre o passado delas, mas... não me prendeu.
Sabe quando o suspense não gera aquela tensão? Quando as cenas não fazem você parar para pensar de verdade? Foi isso que senti. O livro traz reflexões bonitas, sim, mas não teve a força visceral que senti nos outros.
Para mim, a prova de fogo de um livro marcante é ele reverberar na mente. É você terminar e continuar pensando nele, sonhar com a história (como aconteceu com Véspera). E com "A Natureza da Mordida", aconteceu o oposto: logo depois de ler, eu quase não me lembrava mais da história direito.
É irônico que um livro sobre a perda da memória não tenha conseguido se fixar na minha. É uma leitura válida, a escrita da Carla continua poética, mas faltou aquele "soco no estômago" que faz a gente não esquecer jamais.
Sinopse Objetiva do Livro
A Natureza da Mordida, de Carla Madeira
Biá é uma psicanalista aposentada e apaixonada por literatura que lida com o avanço inexorável da perda de memória e da demência. Olívia é uma jovem jornalista que carrega o peso de um abandono recente e doloroso. O destino das duas se cruza em um sebo improvisado na cidade de Belo Horizonte.
Aproximadas pela dor e pela necessidade de conexão, elas desenvolvem uma amizade intensa. Através de encontros sucessivos, Olívia narra sua história, tentando reconstruir os fatos que a levaram àquele estado de desolação, enquanto Biá oferece escuta e provocações filosóficas.
O romance intercala as narrativas das duas, revelando gradualmente os segredos do passado de ambas: o conflito de Olívia com sua melhor amiga de infância, Rita, e o misterioso drama familiar de Biá, envolvendo sua filha Teresa. É uma obra sobre a fragilidade da memória, o poder da palavra e as marcas que as relações deixam em nós.