Se não fosse você: Drama, traição e aquele toque adolescente clichê
Li esse livro por causa de todo o burburinho em torno da autora (a Colleen Hoover está em todo lugar, com filmes no cinema e virais no TikTok) e pensei: "Vai que me interessa, né?".
A premissa até que é interessante e bem dramática. Morgan, a protagonista, casou muito jovem com um homem que parecia bacana. A vida seguia seu curso até que um acidente trágico acontece e ela perde o marido e a irmã ao mesmo tempo. E aí vem a bomba: ela descobre que os dois, além de morrerem juntos, tinham um caso! O marido a traía com a própria irmã.
Aqui entra o ponto que mais me fez refletir. Eu acredito que a verdade, por mais dura que seja, é sempre melhor do que a mentira. Mas a Morgan decide esconder tudo da filha adolescente, a Clara, para "proteger" a memória do pai.
Isso gera praticamente toda a trama do livro. Porque mentir faz exatamente o que a gente vê no consultório: gera fantasias. Quando a gente não sabe o que está acontecendo, a gente imagina, cria estratégias, preenche as lacunas. A Clara, que é uma menina fofa tentando lidar com o luto, sente que tem algo errado no ar, sente a mentira rondando, e acaba agindo de forma rebelde e se jogando em outras coisas para tentar dar conta daquela angústia sem nome.
Apesar dessa reflexão sobre o luto e a verdade ser válida, achei o livro bem clichê. É aquela coisa meio "Sessão da Tarde". O romance da filha com o garoto da escola (o Miller) é bem meloso, bem adolescente mesmo.
Não fiquei com vontade de ver filme nenhum. Talvez não seja o meu momento de vida, mas achei a história apenas "ok". Para quem gosta de drama familiar com romance young adult, vale a pena para passar o tempo. Mas se você espera algo mais maduro, talvez ache bobo.
Afinal eu estava lendo a cachorra, tudo é rio...rs... Esse livro fica no chinelo.
Sinopse
Se não fosse você (Regretting You), de Colleen Hoover
Morgan Grant e sua filha adolescente, Clara, têm uma relação complicada. Morgan engravidou e casou muito cedo, colocando seus sonhos de lado para criar a família, e morre de medo de que a filha repita seus passos. Clara, por sua vez, acha a mãe previsível e controladora, sonhando em ser atriz, carreira que Morgan desaprova.
A única pessoa que mantém a paz na casa é Chris, pai de Clara e marido de Morgan. Mas essa estrutura desmorona quando Chris sofre um acidente fatal de carro, levando consigo a irmã de Morgan, Jenny.
No meio do luto devastador, Morgan descobre que Chris e Jenny mantinham um caso amoroso. Decidida a poupar a filha dessa dor e não destruir a imagem do pai que Clara idolatra, Morgan opta pelo silêncio. Esse segredo, porém, cria um abismo entre as duas. Enquanto Clara busca refúgio nos braços de Miller, um namorado que a mãe proíbe, Morgan tenta lidar com a traição e se reaproximar de um antigo amor do passado. O livro alterna os pontos de vista de mãe e filha, explorando o peso dos segredos e a difícil reconstrução dos laços familiares.
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