E aí? Vocês acham que dá para encerrar na décima semana? Eu espero que sim, apesar de que na semana passada a história não teve muita movimentação e nem trechos, no entanto, a Lii deu continuidade a narração e a fez crescer bastante. Desse jeito, acho bacana que vocês fiquem a vontade para ir guiando a estória ao seu final, que não precisa ser necessariamente um final mesmo, pode ficar com aqueles famosos "três pontinhos..." deixando uma dúvida, o que acham?
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OBS: Quero lembrar que nesse projeto muitas vezes a sugestão ou opinião que damos pode ser aceita ou não, ou pode ser alterada parcialmente e isso que é o mais importante nese projeto, já que é algo grupal. No entanto se você se sentiu ofendido (a) ou incomodado(a) com alguma coisa pode me mandar um email (paulatictic@hotmail.com) que discutiremos a situação.
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E aqui está a continuação:
-Então nos próximos cinco dias pode acontecer um espancamento, e você achou que isso fosse tão importante assim que não podia esperar até amanhã?
-Só porque pode acontecer nos próximos cinco dias não quer dizer que não possa estar acontecendo nesse exato momento! –Júlia esbravejou.
-Não pode estar acontecendo nesse exato momento. –Léo respondeu calmo.
-Ah é? E como você sabe?
-Porque não está chovendo, e no seu sonho está chovendo.
Ela o olhou feio.
-Você tem razão. Mas te chamei agora porque precisamos descobrir logo aonde fica essa estrada.
-Júlia, você pelo menos sabe se essa estrada fica na cidade?
Ela ficou sem reação por alguns segundos.
-Droga! Eu não faço a mínima idéia de onde possa ficar essa maldita estrada!
-Tudo bem, Júlia. –Ele apoiou a mão em seu ombro consolando-a. –Se essa estrada for na cidade, então nós a encontraremos e impediremos o assassinato, está bem?
-Obrigada, Léo.
-E eu prometo que a primeira coisa que farei amanhã depois da escola é tentar descobrir quando vai chover e se descubro algo com o número da placa do carro. Só que preciso de mais informações sobre o seu minuto final.
-Tudo bem, pode perguntar o que quiser e eu vou tentar lembrar. Eu só... eu não consegui me concentrar, foi tão horrível.
-Você não tem culpa por não se lembrar, Júlia.
Ela apenas sorriu e sentou no sofá.
-Pergunte.
Léo se sentou em uma poltrona perto dela.
-A estrada era de terra ou de asfalto?
Júlia fechou os olhos e ficou em silêncio por alguns minutos.
-Asfalto. Mas o terreno do prédio em reforma era de terra.
-Havia algo de especial no terreno para você se lembrar que ele era de terra?
-A cerca estava caída em uma parte, e o homem foi jogado na cerca e rolou pela terra. Eu lembrei de como o seu rosto ficou sujo de lama e de sangue. –Sua voz falhou e ela passou a mão pelo cabelo, tentando se acalmar.
-Ok, já é alguma coisa. Ele estava... amarrado?
-Não.
-O carro parecia ser dele ou dos outros?
-Eu... eu não sei.
-Tudo bem. E quantas pessoas eram?
-Dois homens.
-O homem que morreu, você sabe quem é?
-Não, não consegui vê-lo direito.
-Mas não conseguiu ver mais ou menos? Se você tentar não vai lembrar como ele é?
-Léo, estava chovendo, estava frio, estava escuro, havia um farol alto nos meus olhos e dois monstros batendo sem piedade em um homem que não conseguia se defender. Poderia ser qualquer pessoa ali e eu não saberia quem era. Então não, eu não vi como a pessoa é!
-Tudo bem, eu entendi. Acalme-se.
Léo olhou o horário em seu celular: três horas e quarenta e um minutos.
-Acho melhor eu ir. Já está tarde.
-É melhor mesmo. Eu te levo até a sua casa.
Ela o deixou na porta da casa dele.
-Obrigado pela carona, Júlia.
-Era o mínimo que eu poderia fazer depois de te tirar da cama de madrugada. Não esqueça de pesquisar sobre o meu minuto.
-Pode deixar. Tchau.
-Tchau, Léo.
Ele desceu do carro e ela seguiu pela rua. Léo entrou em casa em silêncio, encostou a porta do seu quarto, deixou os óculos na cabeceira e escorregou para baixo dos lençóis. Em menos de um minuto já estava roncando.
REALIDADE
Léo acordou com o despertador tocando. Eram seis horas da manhã. Levantou, lavou o rosto, vestiu o uniforme escolar e foi para a cozinha. Seu pai já havia saído para o trabalho e sua mãe já estava tomando o café da manhã.
-Bom dia, mãe. –Ele disse ainda sonolento.
-Bom dia, filho. Dormiu bem?
-Dormi.
Sentou-se e comeu o café da manhã na companhia de sua mãe. Depois pegou a sua mochila, pegou carona com a mãe, que o deixou na escola.
Foi só no intervalo das aulas quando finalmente despertou, que Léo lembrou do longo sonho que teve. Assim que as aulas terminaram, ele saiu da escola e andou rápido em direção a praça. O seu celular tocou.
-Alô?
-Léo, aqui é a Júlia.
-Oi, Júlia. Eu já estou indo para a praça matriz.
-Como...? É verdade. Nós já fizemos isso, não é mesmo?
-Sim. Mas eu preciso que você tente dar uma escapada do seu trabalho e vá para lá também.
-Deu certo no seu sonho?
-Bom, ninguém morreu.
-Tudo bem. Então fiquei atento.
-Tchau, Júlia.
-Tchau, Léo.
Ele desligou o celular e continuou a andar apressado até a praça. Após um bom tempo caminhando ele chegou na praça e olhou em volta. Nada do skatista ainda. Andou até a escadaria e seu celular tocou novamente.
-Alô?
-Oi, Léo.
-Oi, querida. Tudo bem?
-Tudo. A Júlia te ligou?
-Ligou sim. Ela apareceu aí no seu trabalho pedindo o meu telefone?
-Como você disso?
-Acabei de falar com ela. Obrigado por ter dado o telefone, era um assunto urgente para resolver.
-Ah... e o que era?
Léo olhou em volta de novo e viu o skatista vindo em sua direção.
-Não era nada. Kelly, eu preciso ir agora, ok? Depois nós nos falamos. –Ele fala apreensivo.
-Está bem. Tchau.
-Tchau. –Desliga o celular.
-Ei, cara! –Ele fala um pouco tímido para o skatista que se aproxima rápido.
-O que foi? –Ele respondeu de longe.
-Se eu fosse você, diminuiria a velocidade, você pode tropeçar e cair.
-Relaxa, mano. Eu ando aqui todo dia.
Ele terminou de falar, parou o skate e quando ia pegá-lo no topo da escadaria, tropeçou no próprio pé e tombou para frente, mas Léo foi mais rápido, segurou-o pelo braço e usou o seu peso para puxá-lo para trás. Ambos caíram no chão. Léo se levantou com alguns arranhões. O skatista permaneceu no chão tentando entender o que havia acontecido.
-De nada. –Léo disse inseguro.
-Nossa, cara! –O skatista se levantou, ambos ouviram ao fundo o som de um ônibus passando em alta velocidade. –Se você não tivesse me puxado eu teria caído.
-É, e teria se quebrado todo nessa escada.
-Nossa! Mano, valeu mesmo por ter me puxado. –Eles apertaram as mãos, e o skatista desceu a escadaria devagar.
Júlia subiu a escadaria e viu o skatista passando por ela.
-Olá, Léo.
-Oi, Júlia.
-Que bom que você conseguiu impedir o garoto de cair.
-Pelo menos dessa vez eu consegui.
-Você disse que ele não morreu no seu sonho.
-E ele não morreu mesmo, mas caiu da escada. Você o puxou para a calçada e impediu que ele fosse morto. Só que ele se irritou por você tirá-lo da rua, e dessa vez ele foi simpático comigo.
-Ainda bem que não vou ter que passar pelo mesmo estresse duas vezes. –Ela deu uma risadinha.
-Júlia, eu só queria te dizer que... eu sinto muito.
-Sente pelo o que?
-Pelo seu avô e o seu irmão.
-Como você soube? –Ela perguntou chocada.
-Você me contou no meu sonho.
-Isso não é justo! Eu não sei o que acontece no seu sonho, o que eu digo ou deixo de dizer. Você sabe a história do meu dom, eu quero saber a história do seu.
-Vamos sentar na praça?
-Vamos.
Eles se sentaram em um dos bancos.
-Desde pequeno eu sempre tive déjà vu. Aconteciam em qualquer momento do dia, era algo normal para mim. Até que um dia, quando tinha doze anos, eu estava atravessando a rua e tive uma visão do dia seguinte, mas o presente e o futuro me confundiram, e quando percebi, fui atropelado por um carro.
-Nossa.
-É, mas não foi nada sério. Fiquei um tempo em observação no hospital e logo voltei para casa. Mas depois do acidente, fiquei com medo de sair de casa e principalmente porque os déjà vu pioraram depois do acidente.
-E o que você fez para superar tudo isso?
-Meus pais me levaram em um psicólogo e foi a maior sorte que já tive na vida.
-Por quê?
-Porque ele tinha o mesmo dom que eu. Ele também via o futuro, de um modo diferente, mas via. E ele foi o meu... mentor.
-Mentor? O que ele te ensinou?
-Ele me ensinou a controlar o meu dom. Como eu raramente sonhava, com muita prática eu consegui bloquear as visões aleatórias e transformá-las em apenas um sonho.
-Você fez isso? –Júlia perguntou incrédula.
-Fiz.
-Uau! Você consegue sair do seu sonho na hora que quiser?
-Não... eu acho que não. Eu preciso dormir no sonho para acordar na realidade.
-E por que ele te ensinou a focalizar tudo em um sonho só?
-Para não atrapalhar a minha vida. Assim eu não teria mais receio de atravessar a rua e de repente ser atropelado por causa de uma visão. Ele me ensinou tudo o que eu precisava saber para ter uma vida normal.
-E onde está esse psicólogo agora?
-Eu não sei. Ele sumiu há alguns anos.
O telefone da Júlia tocou. Ela o pegou de dentro da sua bolsa e atendeu:
-Alô? Sim, sim. Já estou voltando, peça para ele aguardar alguns minutos, por favor. Obrigada, tchau. –Desligou.
-Preciso ir, Léo. Tenho que voltar ao trabalho.
-Está bem, Júlia. Ah, só mais uma coisa...
-O que foi?
-Hoje de madrugada, vá dormir relaxada.
-Relaxada? Por quê?
-Para você poder prestar atenção nos detalhes do lugar do seu sonho.
-E que sonho eu vou ter?
-Um que eu acho que você não vai gostar nem um pouco. E por favor, não me ligue dessa vez às duas horas e vinte da madrugada.
-Está bem. –Ela respondeu achando tudo aquilo estranho. –Eu vou dormir relaxada, vou prestar atenção nos detalhes e não vou te ligar.
-A não ser que você descubra algo muito importante.
-Entendido. Tchau, Léo.
-Tchau, Júlia.
Ela seguiu o seu caminho, e ele deu meia volta e foi para casa. Estava relaxado por ter impedido o skatista de cair e por não ter brigado com a Júlia. Chegou em casa, almoçou com sua irmã mais nova que finalmente voltou da casa da amiga, e passou a tarde estudando para a prova de matemática que teria na semana seguinte. Era uma boa maneira de esquecer todos esses novos e complexos problemas.
À noite, seus pais chegaram do trabalho, jantaram os quatro juntos, e Léo ligou para Kelly para conversar. Depois de quase meia hora no telefone, ele desligou, colocou os óculos na mesa de cabeceira e deitou.
10 comentários:
Olá!
Eu parei a narrativa com ele indo dormir, porque a Júlia poderia ver, ou não, algum detalhe novo no sonho.
E eu pesquisei na internet, e descobri que só com a placa de um carro não dá para descobrir nada, mas se você for em um despachante ele consegue o número do RENAVAN, que se você levar no DETRAN consegue as informações sobre o dono do carro em 3 dias.
Eles podem tentar fazer isso para descobrir se o carro é ou não da cidade deles, mas ficam na ansiedade de ter que esperar tempo demais para saber sobre isso.
É uma idéia...
Beijos.
Eu achei bacana Lii! Acho que nesse temp ode espera poderia ocorrer um dia chuvoso e aí a busca seria mais intensa!
Bem, eu queria escrever alguns trechos, mas essa semana está super corrido, pensei será que poderiamos prorrogar essa semana? Portanto, não terá narrativa nesse fim de semana, continuaremos na 7º semana por mais uma semana, oque você acham?
beijos
Acho que a sua idéia ficaria mais empolgante ainda, Paula. Gostei!
E quanto a prolongar essa semana, por mim tudo bem... talvez semana que vem apareça mais pessoas por aqui...hehe
Beijos!
Eu pensei, que talvez num dos sonhos do Léo - no intervalo para encontrar esse carro e impedir essa morte - ele poderia sonhar com sua propria morte, e não só ele, mas a Júlia tb poderia prever e aí ambos ficariam tensos e preocupados com esse fato, e ela podia até dizer para ele não ir fazer as coisas, para preservar... e tal... e aí essa ultima morte do carro, seria o final da história. E essa visão da morte seria a conitnuação de agora, para dar um "up" nos acontecimentos, pq no sonho dele, a Júlia iria ter um minuto final em que vê um acidente para ele ajudar, e quando ele vai ele acaba morrendo... E mostrar uma cena dele morrendo, e ele pensa "É assim que a Júlia vê as coisas acontecendo, sentir a morte" e aí a cena seria meio que em camera lenta, vendo as coisas acontecerem devgar ao lado dele. No real, ela veria a morte dele, pq ele sabe do incidente e iria para lá, e ele não tem muito tempo para planejar, pq vai ser logo depois dele acordar e ele não vai ter muito tempo para planejar... Mas que acidente vcs acham que pdoeria ser? que seria complicado e logo de manhã? depois do Dejavu?
Um incendio, talvez?
Eu achei legal as idéias, e acho que poderia mesmo ser um incêndio, e que o incendio poderia já estar ocorrendo, um lugar proximo da casa dele, pq a Júlia avisaria que viu alguém morrer lá, um lugar que ele reconhecia e ela falava sobre tal coisa, e ele se lembrava e ia direto para lá. Chegando lá, o incêndio já estava grande e mesmo assim ele tentava impedir, ams não dava mais para impedir e aí tenatav salvar alguém, e quando tenta tirar essa pessoa ele fica preso, não consegue sair, e ele morre no sonho. Aí vai dreto para realidade, e aí pode acontecer tudo muito devagar, como o Fernando disse.
Não sei, o que acharam? viajei muito?
Achei legal Marilia!
Mas depois disso, acho que no real a Júlia podia salvar o Léo. Ele estaria no incendio, já que tinha chegado mais cedo e tentaria ir para um caminho diferente, mas só encontra caminhos blooqueados e aí começa a ficar tonto por causa da fumaça, fica pensando que vai acabar morrendo no final e que a Júlia estava certa e ele passaria por tudo que passou no sonho, só que nesse momento a Júlia podia entrar com o carro e quebrava uma parede para poder salvar as duas pessoas, o léo e a pessoa que foi salvar.
Bem, agora eu vou continuar com um trecho que escrevi com meu irmão:
Léo tentou fechar os olhos, mas estava muito desperto e sabia que mesmo que tentasse não iria dormir àquela hora. Por isso, pulou da cama e ligou o computador, ele precisava procurar algo sobre o minuto final que a Júlia tinha falado para ele.
Assim que o computador o ligou abriu a página do Google e buscou informações sobre construções grandes nas noticias recentes dos últimos três meses, no entanto, ele não encontrou nada referente a obras no local onde mora.
Ele fechou os olhos e passou as mãos pelos cabelos, esticou a mão e pegou os seus óculos que ficaram em cima da mesa de cabeceira e os colocou, voltou os olhos para a tela do computador e ficou durante um bom tempo digitando diferentes termos, tentando achar alguma informação. Depois de várias tentativas e de não conseguir achar nada, Léo pensou em desistir, e ficou olhando para a caixa de texto do Google e depois de alguns segundos, lembrou que a Júlia tinha falado sobre a placa do carro e digitou sobre como achar o carro e conseqüentemente o dono do carro.
Ele descobriu que teria que entrar em contato com um despachante que acharia o dono do carro, só que isso levaria em média três dias... Pensou que se pedisse, ou melhor, implorasse ao despachante poderia conseguir um pouco antes, na verdade, não sabia, mas quis acreditar que poderia tentar principalmente por que não sabia quando iria ocorrer esse espancamento.
Olhou no relógio e viu que havia passado cerca de duas horas desde que sentou no computador e coçou os olhos e decidiu dormir, afinal, sabia que não acharia mais nada. Por isso decidiu, descansar e tentar encontrar as informações no dia seguinte.
SONHO
Pensamos em outra coisa:
Aí depois quando léo estivesse no hospital por causa dos ferimentos e da fumaça, lá podia ocorrer outra visão que a Júlia teria depois de encostar emn algúem lá e ele falaria para ela falar com um despachante pq ele está no hospital e tal...
Uau! Vocês se empolgaram mesmo essa semana, hein?
Gostei das idéias... se bem que eu tive que ler tudo umas duas vezes para entender direito rs
Mas a estória está ficando ótima!
Eu estou sem nenhuma idéia para acrescentar... mas vocês deram idéias suficientes para escrever MUITAS páginas!
Boa noite
Oi gente, desculpa o sumiço,
A história está ficando muito boa, uma reviravolta e tanto.
Adorei a idéia de Léo ver sua própria morte, e acho que um incendio seria adequado.
Se tiver mais alguma idéia, aviso.
Oie!
Bem, essa semana acabou - que na verdade foram duas semanas - e quem quiser escrever a continuação a partir do que foi decidido fique a vontade!
beijos
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