domingo, 19 de outubro de 2025

NO ESPAÇO ENTRE NÓS – Elayne Baeta (Audible Original)


Minha opinião: Esse foi meu primeiro Audible Original com formato de novela, e isso já ganhou pontos. Tem várias vozes, ambientação sonora, ruídos de cenário, comunicações por rádio, barulhos de nave… quase como ouvir uma série sci-fi em áudio. A produção é caprichada, e isso deixou a experiência super imersiva.

MAS… (e aqui vem o mas...)
A protagonista é insuportável. Ego inflado, zero ética, se acha a última bolacha recheada da psicologia de IA — e pior, faz tudo com a maior certeza de que está absolutamente correta. Eu ouvia e pensava: “Nossa, que chata… nossa, que chata…” — e continuei ouvindo mesmo assim! Ou seja, a personagem irrita, mas a trama segura.

Terminei os dois volumes com aquela sensação de: “ok, queria bater nela, mas gostei da experiência”. Então valeu a pena!

Vou falar sobre o que me chamou atenção:

- Formato novela em áudio – MUITO bem feito, parece série.

- Futuro brasileiro com IA central controlando a internet — adorei esse detalhe de ambientar no Brasil, e não nos EUA pela milésima vez.

- Mistura de luto, tecnologia e terapia — ideia ousada.

- Protagonista arrogante nível “meu Deus, tira o microfone dela”.

- Ética profissional? Foi tomar um café e não voltou.

Não é um audiolivro “para amar a personagem”, e talvez essa seja até a proposta. Eu gostei da experiência, do formato e do universo criado. O incômodo que senti também virou parte da reflexão — porque ouvir alguém tão desagradável em posição de poder mexe com a gente.

Recomendado para quem gosta de:

Ficção futurista ambientada no Brasil

Narrativas com tecnologia + psicologia

Formatos imersivos com som e múltiplas vozes

 Não recomendado para:

Quem precisa simpatizar com o protagonista pra seguir na história

Sinopse: Em um Brasil futurista, hiper conectado e comandado por uma inteligência artificial central chamada Aurora, acompanhamos Eva, uma especialista em psicologia de I.A. que carrega um luto profundo pela morte de sua companheira, Nina. Em um misto de obrigação profissional e desespero emocional, ela aceita participar de sessões terapêuticas conduzidas pela própria Aurora — uma entidade que controla toda a rede digital do país, inclusive o espaço orbital de dados. O que começa como um experimento tecnológico se transforma em uma investigação íntima sobre memória, amor, ética e o limite entre humanidade e máquina.

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