Minha opinião: O Pintassilgo: O prêmio Pulitzer de 800 páginas que me fez bocejar...
Sabe quando você começa um livro com uma expectativa lá no alto? Um livro premiado (vencedor do Pulitzer!), com uma capa linda e uma premissa que parece incrível. Pois é, assim foi meu início com "O Pintassilgo".
Vou ser sincera: o começo é ótimo. A relação do Theo (o protagonista) com a mãe é delicada, e a cena da explosão no museu é realmente tensa, muito bem escrita. Você fica preso, com o coração na mão, pensando "Nossa, que livrão!".
Mas aí, minha gente... ave.
Depois desse início potente, o livro desanda em uma chatice que parece não ter fim. Sério. A história se muda para Las Vegas e a autora parece que se esquece da trama principal. As coisas são chatas, as situações se estendem, se prolongam... é um tédio que só.
Eu ficava lendo e pensando: "Cadê a história do quadro? Cadê a tensão?". O livro vira uma descrição sem fim da vida miserável e viciada do protagonista, e mesmo quando ele volta para Nova York como adulto, a sensação de que nada acontece de verdade continua. Não tem algo que prenda a atenção, você lê quase se arrastando.
Quando finalmente uma reviravolta acontece (lá pela página 450!), ela parece tão aleatória, tão sem pé nem cabeça, que eu demorei a entender o que estava acontecendo. Parece que a autora jogou um thriller no meio de um drama psicológico arrastado sem aviso prévio.
Enfim, é uma pena. Um livro com tanto potencial, mas que se perde em si mesmo. O começo é 5 estrelas, mas o desenvolvimento é de uma lentidão que dá sono. Um calhamaço que, na minha opinião, podia ter 300 páginas a menos e seria muito melhor.
Sinopse Objetiva do Livro
O Pintassilgo (The Goldfinch), de Donna Tartt
A vida de Theodore "Theo" Decker, um garoto de 13 anos, é virada de cabeça para baixo quando sua mãe é morta em um atentado terrorista a bomba no Metropolitan Museum of Art, em Nova York.
Em meio ao caos e à poeira da explosão, Theo, em estado de choque, pega uma pequena e valiosa pintura do século XVII chamada "O Pintassilgo", obra de Carel Fabritius.
Sem a mãe e com um pai ausente, Theo é acolhido temporariamente pela família rica de um colega de escola. A narrativa segue sua jornada tumultuada ao longo dos anos, de Nova York a Las Vegas e, posteriormente, Amsterdã. O quadro roubado se torna seu segredo mais sombrio, um elo tangível com a mãe perdida, mas também um peso que o arrasta para o submundo da arte e do crime.
"O Pintassilgo" explora temas como luto, trauma, vício, a natureza da arte e a busca por redenção, enquanto Theo tenta encontrar seu lugar em um mundo que ele sente ter perdido no dia da explosão.
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